A cesta básica em Campinas experimentou um aumento significativo de 4,12% entre os meses de março e abril de 2025, alcançando o valor de R$ 834, o maior desde setembro de 2022. Esse aumento foi impulsionado, principalmente, pelo preço da batata, que teve uma elevação de 56,96% de um mês para o outro, tornando-se o item com o maior aumento no período. O impacto desse aumento reflete a inflação crescente nos preços de alimentos essenciais e vem preocupando os moradores da cidade, que enfrentam uma escalada nos custos de vida.
O Observatório PUC-Campinas, responsável por monitorar os preços da cesta básica desde 2022, observou que Campinas foi uma das cidades com as maiores variações no preço da cesta, ficando atrás apenas de Porto Alegre (RS). No acumulado de 2025, Campinas lidera a lista das cidades com maior aumento na cesta básica. Esse aumento de preços tem sido um reflexo da alta nos custos de alimentos como batata, tomate e café, que já apresentavam variações no mês anterior, causando um efeito acumulativo sobre o orçamento das famílias campineiras.
Entre os treze itens da cesta básica analisados, oito apresentaram alta no preço. Além da batata, o tomate teve um aumento de 18,22%, e o café registrou um acréscimo de 6,91%. A batata, contudo, foi a grande vilã, contribuindo significativamente para o aumento do valor total da cesta. No acumulado do ano, o tomate apresenta uma alta impressionante de 121,75%, enquanto o café já acumula um aumento de 39,11%. Esses aumentos, que afetam diretamente o bolso dos consumidores, têm gerado preocupação, principalmente entre as famílias de baixa renda.
Por outro lado, nem todos os itens da cesta básica tiveram alta. A banana, por exemplo, teve uma queda de 5,33%, e o arroz apresentou uma redução de 1,34%. Esses recuos são um alívio para os consumidores, mas não foram suficientes para compensar os aumentos significativos nos outros itens da cesta. A variação nos preços de diferentes alimentos reflete a instabilidade do mercado e a volatilidade de preços, que têm sido uma constante nos últimos meses, afetando diretamente a capacidade de consumo da população.
Os dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) também confirmam que a alta na cesta básica não se restringe a Campinas, mas é uma tendência observada em diversas cidades do Brasil. Campinas, no entanto, tem enfrentado um ritmo mais acelerado de aumento dos preços. Esse fenômeno é impulsionado por diversos fatores econômicos, como a inflação, a alta nos custos de produção e distribuição, além de questões climáticas que afetam a oferta de determinados alimentos.
No entanto, a alta da cesta básica não é uma realidade isolada de Campinas. Muitas cidades brasileiras também estão enfrentando aumentos significativos nos preços dos alimentos, especialmente aqueles que fazem parte da cesta básica, como arroz, feijão, leite e carne. A escalada nos preços de produtos essenciais, como batata e tomate, está pressionando as finanças das famílias, que se veem obrigadas a cortar gastos em outras áreas para conseguir manter a alimentação em casa.
Com a inflação galopante, a população campineira se vê diante de um desafio duplo: o aumento constante dos preços dos alimentos essenciais e a diminuição do poder de compra. Para muitos, essa alta na cesta básica compromete a qualidade de vida e as condições de alimentação, afetando, principalmente, as classes mais baixas da sociedade. Os dados do DIEESE apontam que Campinas tem sido uma das cidades mais impactadas pela alta nos preços, o que torna ainda mais urgente a necessidade de políticas públicas que ajudem a combater a inflação e a promover a estabilidade econômica.
A alta da cesta básica em Campinas não apenas reflete uma realidade local, mas também está inserida em um contexto nacional de aumento nos preços dos alimentos. A cidade se encontra, portanto, em um cenário desafiador, onde as famílias devem se adaptar a uma nova realidade econômica, marcada pela alta dos preços e pela insegurança em relação ao futuro. O impacto da inflação sobre o preço da cesta básica continua sendo um tema relevante e deve ser monitorado de perto para entender melhor os efeitos dessa tendência sobre a população.
Autor: Mia Wilson
